Experiências internacionais: o que a pandemia nos ensinou?

Publicado por Sinepe/PR em

Três países, em diferentes continentes e com realidades distintas. Enquanto o Brasil enfrenta a segunda onda de Covid-19, a Alemanha vivencia uma terceira onda e os Estados Unidos se prepara para uma quarta. As três nações tomaram rumos diferentes acerca das aulas presenciais e os impactos no aprendizado dos alunos são notados dia após dia.

A equipe do Escolas Exponenciais conversou com Christie Schönfield, brasileira, pedagoga e educadora em instituições de ensino germânicas, e Lia Thimmig, também brasileira, bióloga e funcionária em uma escola no Texas, EUA. São duas perspectivas diferentes, mas que ajudam a identificar o que a pandemia nos ensinou e podemos aplicar nas escolas.

O ensino na Alemanha em meio a pandemia
Em 2020, a Alemanha chegou a ser considerada exemplo de enfrentamento da pandemia. O país adotou uma política de testes em massa da população, evitando uma sobrecarga no sistema hospitalar, além disso, ainda na primeira onda, as escolas permaneceram fechadas por menos de 90 dias.

Isso só foi possível graças a um planejamento unificado. Christie explica que apesar de ser um país federado, com unidades autônomas, os 16 estados da Alemanha seguem um planejamento geral, aplicado de acordo com a incidência de casos em cada estado.

Esse planejamento educacional é dividido em três fases, subdivididos em seis níveis:
• Fase A (níveis 1 e 2): com menos 50 casos a cada 100 mil habitantes, as universidades, a educação básica, a educação infantil e as creches funcionam normalmente.
• Fase B (nível 3): com pouco mais de 50 casos a cada 100 mil habitantes, as escolas e as universidades continuam funcionando, mas as creches passam trabalham com grupos separados e fixos, que não interagem entre si.
• Fase C (nível 4): entre 50 a 100 casos a cada 100 mil habitantes, as escolas adotam um sistema de rodízio. Por exemplo, segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, uma turma tem aulas presenciais e na próxima semana outra turma.
• Fase C (nível 5): entre 100 a 200 casos a cada 100 mil habitantes, as escolas fecham e o ensino se torna remoto. Há exceções, um tipo de cuidado especial, com as crianças que são filhos de policiais, bombeiros, médicos, enfermeiros, que são atendidas presencialmente.
• Fase C (nível 6): acima de 200 casos, em que há um nível elevado de contaminação, o atendimento nas creches é reduzido para 30% ou pode até ser suspenso.

Em seu terceiro lockdown, a Alemanha fechou o seu comércio varejista, museus, bases e alguns espaços de lazer. Já as aulas do ensino básico seguem o planejamento de nível 4, em que 50% das crianças vão para a sala de aula e as outras 50% ficam em casa assistindo aulas ao vivo. Já as creches funcionam com grupos fixos, sem interação.

Por: Escolas Exponenciais

Categorias: DESTAQUE