Dia Internacional da Pessoa com Deficiência: dicas para escolher uma escola inclusiva

Publicado por Sinepe/PR em

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é promovido pelas Nações Unidas e celebrado no dia 3 de dezembro, com o objetivo de promover uma maior compreensão sobre a deficiência e para “mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem-estar das pessoas”. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas têm algum tipo de deficiência no mundo – e uma em cada dez é criança.

“Esses números não podem ser ignorados, eles mostram que precisamos pensar em políticas e metodologias que incluam essas crianças no contexto escolar e familiar”, alerta a mestre em Organizações e Desenvolvimento com ênfase em Inclusão Escolar e coordenadora pedagógica regional do Sistema Positivo de Ensino, Ceres Costa Rosa. Para ela, existem ações que podem ser tomadas em cada ambiente que a criança acessa, independentemente do tipo de deficiência. Veja dicas da especialista de como as escolas devem atuar para proporcionar o melhor aprendizado e inclusão aos alunos:

No relacionamento com a família
• Trazer a família à escola para juntas dialogarem e traçarem um plano de ação com o que será realizado pela família e aquilo que será realizado pela escola. Além de manter a família atualizada sobre o desenvolvimento do aluno;
• A escola deve solicitar, quando necessário, apoio externo de profissionais indicados pelo Pediatra e não indicar profissionais e sim organizações de classe (Conselho Regional de Medicina/Conselho Regional de Psicologia, Fonoaudiologia, etc);
• Ofertar a tutoria individualizada, quando necessária e indicada em laudo, sem nenhum ônus financeiro para a família, previsto na lei;
• Cobrar das famílias laudos anuais sobre a saúde do aluno;
• Deixar a escola aberta para atender os profissionais que prestam atendimento às crianças, traçando estratégias coletivas;
• Em caso de omissão dos pais, o Conselho Tutelar deverá ser acionado, como medida protetiva em favor do menor.

Na preparação da equipe pedagógica
• Mapear os alunos com necessidades especiais, com fotos, laudos, características trazidas pelas famílias ou profissionais que os atendem;
• Realizar estudos direcionados multidisciplinares para atuação de toda equipe em encontros pedagógicos, incluindo momentos de formação com palestrantes da área, cursos e oficinas;
• Promover a adaptação curricular no planejamento e avaliações em cada caso, assim como um plano individual de atendimento pedagógico, assegurando o maior desenvolvimento de habilidades e competências;
• Respeitar o sigilo de cada caso e só compartilhar o necessário com os profissionais da escola que atuarão com a criança, sem expor casos em conversas informais como sala dos professores, corredores e fora do ambiente escolar.

No relacionamento com todos os alunos
• Proporcionar um ambiente acolhedor para todos os alunos, independentemente de suas fragilidades, acreditando que cada um tem seu tempo, seu ritmo de aprendizagem e que todas essas características precisam ser respeitadas;
• Realizar o ensalamento do aluno especial antes do início das aulas, para que ele já encontre seu nome como parte da turma que estará matriculado;
• Realizar um trabalho específico com as turmas que terão alunos com necessidades especiais, para que gradativamente, e de acordo com a faixa etária, possam contribuir com a dinâmica da turma;
• Colocar o aluno em sala, em posição estratégica, de acordo com sua necessidade, pois a posição em que ficará terá reflexo em seu aprendizado – em especial casos de processamento auditivo central, autismo, entre outros.

Fonte: Central Press
Data: 29/11/2019