A educação privada no Brasil tem crescido e o que isso representa?

Publicado por Sinepe/PR em

Esther Cristina Pereira é presidente do Sindicado de Escolas Particulares (Sinepe/PR)

Entre os anos de 2017 e 2018 houve um crescimento considerável no número de matrículas no ensino privado do Estado do Paraná. Segundo dados preliminares divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2017 haviam 406.710 alunos devidamente matriculados no ensino privado, já em 2018 esse número era de 409.246, ou seja, um crescimento de 2,63% de um ano para o outro.

Isso nos mostra um reconhecimento na qualidade do ensino particular paranaense e também mostra que os pais estão investindo mais na educação de seus filhos mesmo com a crise. Outro dado interessante divulgado pelo Inep foi o aumento de professores no ensino privado. Em 2017, o total de professores no ensino privado do Paraná era de 23.394, em 2018 os dados mostram que eram 23.865, um crescimento que representa 2,01% no biênio em questão.

Tais dados apresentados são positivos para o ensino privado do Estado, mas é sempre importante lembrar que fazer educação no Brasil não é fácil. Se no setor privado é complicado, o ensino público é ainda mais difícil e isso se deve à falta de investimento e a crescente desvalorização dos profissionais, fatores que tem contribuído para o aumento da procura pelo ensino privado.

A projeção para os próximos anos é de que essa procure continue a aumentar e para que isso aconteça é necessário que os profissionais da educação privada sejam valorizados e estejam motivados e constantemente se atualizando com as novas tecnologias. Se há 10 anos era inimaginável e até proibido a utilização de um aparelho eletrônico dentro das salas de aula, hoje é impossível imaginar fazer educação sem o uso dessas tecnologias, sem internet e sem a participação ativa de professores e alunos.

Também é necessário que as instituições de ensino estejam envolvidas nesse processo e trabalhando para oferecer um diferencial, pois só assim será possível que o setor educacional brasileiro seja valorizado e reconhecido como o viés para crescimento econômico, cultural e social do país.

Esther Cristina Pereira é presidente do Sindicado de Escolas Particulares (Sinepe/PR)