Professor precisa se colocar no lugar do aluno para dar boas aulas de matemática

Publicado por Sinepe/PR em

Entender que o lugar do docente é o de falar menos e deixar que os estudantes possam interagir mais é importante

O meu caminho até à matemática foi um tanto quanto longo. Eu fiz o magistério e pedagogia, mas também sou formada em letras. Minha relação ao ter que ensinar matemática era de preocupação: “Como vou fazer?”. Eu sabia matemática para um uso pessoal, conseguia fazer as operações, mas tudo sempre muito mecânico, sem entender como aplicar com o aluno. Muitas coisas da matemática eu só entendi depois de me tornar professora.

Mas agora que estou nesta seara, ter que ensinar matemática me fez repensar a minha prática docente. O primeiro de tudo é entender que o meu lugar é o de falar menos e deixar que os estudantes falem mais. Principalmente quando não temos muita experiência, é comum a gente querer emendar as respostas na pergunta que acabamos de fazer. Na verdade, precisamos dar espaço para que os estudantes reflitam um pouco.

E durante esse meu percurso conhecendo e aplicando conteúdos de mentalidades matemáticas, me tornei formadora de professores. A questão de refletir sobre a prática continuou presente, mas agora também olhando para a nossa própria postura enquanto educadores.

É muito importante vivenciar as atividades como se fossemos aprendizes. Há uma diferença entre aplicar os conteúdos em sala e experimentar como aluno. Antes de ensinar, é preciso que a gente se aproprie dos conhecimentos e, só então, partir para a sala de aula.

Sem contar que é muito bom quando a gente entende o que faz. Entender o lugar do aluno é também uma forma de criar um espaço seguro onde ele possa se expressar. Isso é algo que geralmente incentivo durante as formações.

As mensagens que os estudantes escutam definem muito da relação que eles têm com a matemática. Assim que iniciei meus trabalhos com a abordagem de mentalidades matemáticas, também mudei as mensagens que enviava para a turma. E quando digo mensagens, estou me referindo à forma como me comunico com eles.

O meu caminho até à matemática foi um tanto quanto longo. Eu fiz o magistério e pedagogia, mas também sou formada em letras. Minha relação ao ter que ensinar matemática era de preocupação: “Como vou fazer?”. Eu sabia matemática para um uso pessoal, conseguia fazer as operações, mas tudo sempre muito mecânico, sem entender como aplicar com o aluno. Muitas coisas da matemática eu só entendi depois de me tornar professora.

Mas agora que estou nesta seara, ter que ensinar matemática me fez repensar a minha prática docente. O primeiro de tudo é entender que o meu lugar é o de falar menos e deixar que os estudantes falem mais. Principalmente quando não temos muita experiência, é comum a gente querer emendar as respostas na pergunta que acabamos de fazer. Na verdade, precisamos dar espaço para que os estudantes reflitam um pouco.

E durante esse meu percurso conhecendo e aplicando conteúdos de mentalidades matemáticas, me tornei formadora de professores. A questão de refletir sobre a prática continuou presente, mas agora também olhando para a nossa própria postura enquanto educadores.

É muito importante vivenciar as atividades como se fossemos aprendizes. Há uma diferença entre aplicar os conteúdos em sala e experimentar como aluno. Antes de ensinar, é preciso que a gente se aproprie dos conhecimentos e, só então, partir para a sala de aula.

Sem contar que é muito bom quando a gente entende o que faz. Entender o lugar do aluno é também uma forma de criar um espaço seguro onde ele possa se expressar. Isso é algo que geralmente incentivo durante as formações.
As mensagens que os estudantes escutam definem muito da relação que eles têm com a matemática. Assim que iniciei meus trabalhos com a abordagem de mentalidades matemáticas, também mudei as mensagens que enviava para a turma. E quando digo mensagens, estou me referindo à forma como me comunico com eles.

As mensagens que os estudantes escutam definem muito da relação que eles têm com a matemática.

Há um esforço para reforçar a mensagem de que todos nós somos capazes de aprender matemática em altos níveis, assim como a percepção de que o erro é importante no processo. Eu pego muito firme nessa questão, e incluo sempre a informação de que os neurocientistas descobriram que está tudo bem errar.

Hoje, tanto professores quanto estudantes entendem que errar é bom. Existe um pouco de sentimento quando a gente pensa em matemática, sabia? Durante as minhas formações, às vezes pergunto qual a primeira palavra que vem à mente dos educadores e educadoras ao ouvir “Matemática”. Muitas das respostas incluem a palavra “medo”. E não precisa ser assim.

Lidar com o erro também depende da maneira como nós estamos nos sentindo em relação a esse conceito. Quando o aluno erra, qual a nossa postura diante disso? Como explicamos a eles essa questão? Como disse, trata-se sempre de uma reflexão sobre a prática.

É possível que nós, enquanto educadores e educadoras, tenhamos claro que está tudo bem errar, mas a gente precisa comunicar isso aos alunos para que entendam também.

Em alguns casos a gente também pode se sentir inseguro, então considero importante ter claros os objetivos das atividades.

E lidar com atividades mais abertas nem sempre é tão fácil. Precisa de muito planejamento. Em alguns casos a gente também pode se sentir inseguro, então considero importante ter claros os objetivos das atividades. Pela minha experiência, sei que quando os estudantes estão acostumados com esse formato, eles já esperam que a gente faça perguntas e que os coloque para pensar.

Por isso a importância de se colocar no lugar do aluno. É muito legal quando organizo atividades mais abertas em que outros educadores precisam ser mais criativos e justificar algumas construções de pensamento. Matemática não é só resposta.

Por: Porvir