As profissões que vão nascer e morrer com a ascensão da IA

Publicado por Sinepe/PR em

Habilidades em inteligência artificial podem aumentar seu salário em até 40%; capacidade de adaptação é cada vez mais importante no mercado em constante transformação

A inteligência artificial se tornou um tema central para profissionais que buscam se desenvolver e se destacar em um mercado em constante transformação. A demanda por novas habilidades está crescendo rapidamente, impulsionada pela alta demanda por profissionais especializados, especialmente na área de tecnologia.

Para muitos líderes empresariais, a IA é vista como uma peça-chave para impulsionar o crescimento dos negócios: 84% dos executivos C-level acreditam que a adoção dessa tecnologia é essencial para atingir seus objetivos estratégicos, segundo pesquisa da Accenture.

À medida que tarefas rotineiras passam a ser automatizadas, a demanda por competências em IA, aprendizado de máquina, análise de dados e programação aumenta. Segundo um estudo do McKinsey Global Institute, até 2030, cerca de 14% dos profissionais ao redor do mundo poderão precisar de uma mudança de carreira devido à digitalização, à robótica e aos avanços da IA.

Nesse cenário, a capacidade de adquirir novas habilidades e se manter atualizado será cada vez mais exigida dos profissionais.

IA na busca por emprego

Plataformas de recrutamento passaram a utilizar a IA para combinar candidatos com oportunidades de trabalho mais adequadas às suas habilidades e experiências. Ferramentas movidas por inteligência artificial podem analisar currículos, prever a adequação para certas vagas e até conduzir rodadas iniciais de entrevistas.

Isso torna o processo de contratação mais eficiente e direcionado tanto para empregadores quanto para candidatos. No entanto, também significa que os candidatos precisam ajustar suas candidaturas para atender aos critérios estabelecidos por esses sistemas automatizados e se destacar.

Cargos negativamente afetados pela IA

Nesse cenário de automatização e com os avanços da IA, algumas posições devem perder relevância. Confira:

Operários industriais: Pessoas envolvidas em tarefas de montagem, soldagem e embalagem serão menos demandadas à medida que linhas de produção automatizadas e robôs assumem essas tarefas repetitivas.

Operadores de dados: A tecnologia é cada vez mais capaz de lidar com inputs e gerenciamento de dados, o que reduz a necessidade de humanos ocupando essas posições de entrada.

Representantes de atendimento ao cliente: Com o aumento de chatbots de IA e assistentes virtuais, questões rotineiras de atendimento ao cliente podem ser resolvidas sem intervenção humana, o que pode reduzir a demanda por pessoal de atendimento ao cliente.

Caixas de varejo: Sistemas de checkout automatizados e quiosques de autoatendimento estão se tornando mais comuns em ambientes de varejo, ameaçando as posições de caixas tradicionais.

Operadores de telemarketing: A IA pode lidar com chamadas de marketing e gerenciar relacionamentos com clientes de forma eficiente, o que coloca os operadores de telemarketing em risco de perderem seus empregos.

Carreiras (que podem ser) seguras

Muitos cargos permanecem relativamente seguros porque dependem da criatividade humana, inteligência emocional e tomada de decisões complexas. Alguns deles são:

Profissionais de saúde: Funções como médicos, enfermeiros e terapeutas exigem um alto grau de empatia, pensamento crítico e cuidado personalizado que a IA não pode replicar.

Trabalhos manuais qualificados: Ocupações como eletricistas, encanadores e carpinteiros envolvem resolução prática de problemas e habilidades técnicas difíceis de automatizar.

Gerentes de recursos humanos: Para gerenciar pessoas, é preciso entender comportamentos humanos complexos, resolver conflitos e promover uma cultura de trabalho positiva — tarefas que requerem inteligência emocional e habilidades interpessoais exclusivas dos seres humanos.

Assistentes sociais e conselheiros: Esses cargos envolvem ajudar indivíduos e comunidades a lidar com questões sociais complexas, além de oferecer apoio e orientação personalizada, que são inerentemente funções centradas no ser humano.

Por: Forbes