Cogna avança na oferta de pós em EAD para outras IES

Publicado por Sinepe/PR em

A maioria das IES do país já conhece muito bem os custos e os esforços necessários para lançar EAD, sabe que o mercado ainda está em expansão, mas nem sempre é possível acompanhá-lo

A maioria das IES do país já conhece muito bem os custos e os esforços necessários para lançar cursos EAD, na graduação ou pós, sabe que o mercado ainda está em expansão, mas nem sempre é possível acompanhá-lo. O crescimento do ensino digital foi vertiginoso e começou muito antes da pandemia. Silvia Bizatto, sócia-diretora sênior da pós-graduação da Cogna, conta que, em 2015, de acordo com pesquisa de avaliação de mercado feita pelo grupo, o EAD já crescia duas vezes mais em número de alunos e procura do que o presencial.

Na Cogna há dez anos, Silvia está há oito no comando da pós-graduação lato e stricto sensu e do Online Program Management – OPM –, modelo de negócio que opera cursos EAD para terceiros. Investimentos na produção de plataforma e cursos EAD foi uma decisão a partir da pesquisa realizada à época, somada ao fato de que 60% do alunado de pós-graduação da Cogna estava em cursos presenciais, o que requeria um trabalho e custo operacional pesado para manutenção em várias unidades espalhadas pelo país.

A virada estratégica foi certeira. Atualmente, por meio da marca Anhanguera, são 1,1 milhão de alunos no ensino superior e na pós-graduação, sendo 82,7 mil na pós, dos quais 60% em EAD. São 112 unidades próprias no país e mais de três mil polos credenciados de ensino digital. No primeiro trimestre deste ano, foram cerca de 45 mil captações e 32 mil formaturas na pós-graduação.

O sistema desenvolvido pela Cogna para entrar de maneira mais efetiva no mercado de pós-graduação EAD, chamado Cosmos, foi colocado no ar em 2018 e hoje é compartilhado com instituições de ensino como o Mackenzie e o AC Camargo. Silvia comanda a diretoria acadêmica, que coordena as pesquisas que antecedem a formulação de novos cursos: quais as demandas de profissionais no mercado e suas competências, a análise dos dados dos alunos que estão se formando no ensino superior, as áreas de conhecimento. O setor também contrata e capacita professores, é responsável pelas áreas de atendimento, secretaria, tutoria, marketing, e sedia os profissionais de tecnologia e produto, para desenvolvimento da plataforma.

A metodologia de ensino conta com objetos de aprendizagem. São quatro videoaulas para todas as disciplinas com tradução em libras, transcrição das videoaulas, material de fundamentação, podcast, fóruns de discussão mediados pelo tutor e leitura complementar. Em média, os cursos têm 360 horas.

Nos cursos da Cogna, a entrada de novos alunos se dá a qualquer momento. Ao matricular–se, o aluno faz parte de um grupo, mas a jornada acadêmica é individual e customizada. Com o tempo, a metodologia foi aprimorada. Por exemplo, as videoaulas foram seccionadas e contêm de 15 minutos a meia hora, para flexibilizar o estudo.

As parcerias

Em final de 2019, a Cogna passou a procurar parceiros entre as IES. Um dos modelos de negócio é disponibilizar o conteúdo sem a marca. A IES parceira valida o conteúdo e pode inserir outros, como aula magna com professores da instituição ou material didático complementar. A parceria com o Mackenzie foi fechada recentemente e é fruto de uma estratégia em que a Cogna será a responsável pela tecnologia e plataformas digitais, captação e retenção de alunos, marketing, gestão financeira e administrativa e inteligência de mercado. Por sua vez, o Mackenzie oferecerá conteúdo, corpo docente e certificação dos alunos, entre outros.

A escolha de portfólio de produtos foi feita a quatro mãos, conta Silvia, com auxílio de pesquisa de dados de mercado e identificação das potencialidades do Mackenzie em termos de áreas de conhecimento. Foram lançados 10 cursos em abril e neste segundo semestre, mais vinte. O modelo acadêmico do Mackenzie difere um pouco, com oito videoaulas ao invés de quatro.

O AC Camargo, hospital com os pilares de ensino e pesquisa e que buscava sua expansão no EAD, tem seu próprio corpo docente, mas faltava a estrutura tecnológica para os cursos EAD. A parceria com a Cogna, firmada há dois anos, já resultou em quatro cursos e o quinto será lançado em breve.Também foi tarefa da Cogna treinar o corpo docente. Outras parcerias da Cogna são com a Universidade Mogi das Cruzes (UMC), Universidade de Passo Fundo (UPF), e a Universidade do Tuiuti (UTP), no Paraná.

“Temos o compromisso de ser a empresa mais diversificada do mercado educacional. Para tanto, possuímos um amplo portfólio de soluções B2B, B2C e B2G, chancelado por centenas de milhares de alunos e clientes. No caso do B2B, nossa vertical de ensino superior EdServ Platform (plataforma de serviços educacionais) tem a robustez de capacidades tecnológicas e o suporte da infraestrutura da Cogna para ofertar plataformas, serviços e conteúdos educacionais de qualidade e com agilidade para outras instituições de ensino superior”, finaliza Silvia.

Por: Revista Ensino Superior