Paris-Brest-Paris: professor da UniGuairacá completa prestigioso e desafiador evento ciclístico

Publicado por Sinepe/PR em

4 dias e 4 noites pedalando, com parada apenas para alimentação, reabastecimento de suprimentos e pequenos momentos de sono

O professor Christiam José Alves de Andrade, do Colegiado de Direito da UniGuairacá Centro Universitário, conseguiu completar o desafiador evento ciclístico Paris-Brest-Paris 2023. Essa jornada única de autossuperação e resistência, conhecida como um ‘Audax’, não é uma competição no sentido tradicional, mas sim uma prova pessoal de conquista e determinação.

O Paris-Brest-Paris é considerado uma das provas ciclísticas mais difíceis do mundo, devido à sua extensa distância de 1200 km e um perfil altimétrico desafiador. O percurso incluiu ainda variações extremas de temperatura, oscilando de 35 graus durante o dia a 5 graus nas madrugadas. Enfrentar essas condições climáticas adversas se tornou parte integrante da jornada de Christiam.

Além das condições climáticas, a luta contra o sono provou ser um desafio significativo. Com horários restritos para pontos de controle, os participantes tinham pouco mais de 3 horas de sono por noite. A prova exigiu resistência mental e física, testando os limites de cada ciclista.

No entanto, a experiência também trouxe momentos positivos e memoráveis. Segundo o docente da UniGuairacá, as estradas de alta qualidade da França, as belas paisagens, a chance de explorar diversas cidades e regiões do país foram aspectos notáveis. O destaque, sem dúvida, foi o apoio caloroso recebido. “Os franceses amam o ciclismo, é uma paixão nacional. É como o futebol para os brasileiros. Tanto é verdade que o maior evento de ciclismo do mundo é cedido na França: o Tour de France”. Durante a prova, famílias inteiras saíram para as ruas para aplaudir e dizer algumas palavras de incentivo como ‘Buon Voyage, Buon Corage ou Allez.’

O professor contou que uma tradição única foi a manifestação de apoio das pessoas ao longo do percurso. “É uma tradição que se passa de pai para filho. Durante todo o percurso e a todas as horas do dia é possível encontrar pessoas de várias idades nas janelas de suas casas, nas ruas, praças e até nos centros das pequenas cidades oferecendo apoio, com cartazes, água fresca, frutas, bolos, e até mesmo bebidas como vinho e licores para os atletas. É uma festa. As crianças desde cedo são encorajadas a prestigiar e ajudar os ciclistas”. O respeito dos motoristas pelos ciclistas também foi notável. “Não importa o local ou horário do dia, na França os motoristas nunca colocam a vida dos ciclistas em risco. Buzinar, então? Só se for para incentivar os atletas”.

O professor Andrade concluiu o Paris-Brest-Paris em 86 horas, dentro do prazo máximo de 90 horas. Foram praticamente 4 dias pedalando dia e noite, parando apenas para alimentação, reabastecimento de suprimentos e pequenos momentos de sono. “Eu me sinto muito feliz e realizado por ter alcançado meu objetivo. O sentimento de finalizar esta prova dentro do prazo estipulado é maravilhoso, no entanto, o sentimento também é um misto de alegria e sofrimento. Concluir uma prova dessa grandeza possui um custo físico e mental. Devido ao esforço realizado, o corpo humano normalmente demora de 5 a 10 dias para recuperar-se completamente”.

A jornada não apenas representa um marco significativo em sua vida, mas também coloca a cidade de Guarapuava e o país em destaque neste prestigioso evento ciclístico amador.

Por: UniGuairacá