Ministério da Justiça cria canal de denúncias para prevenir ataques a escolas

Publicado por Sinepe/PR em

Serviço passa a ser oferecido pela internet e busca agilizar apuração de risco de atentados

O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou nesta sexta-feira (7) a criação de um canal exclusivo para receber denúncias sobre suspeitas de ataques a instituições de ensino.

A criação da plataforma para denúncias é mais uma iniciativa da Operação Escola Segura que busca, em parceria com os estados, estabelecer ações preventivas para garantir a segurança em instituições de ensino em todo o país após ataques com mortes em duas escolas.

O serviço será oferecido em parceria com a SaferNet Brasil, uma ONG que atua na defesa de direitos humanos na internet.

Desde 2006, ela oferece um serviço online para denúncias de conteúdo ilegal ou prejudicial na rede. A organização atua como um canal direto entre os usuários da internet e as autoridades, oferecendo um ambiente seguro e confidencial para o envio das denúncias

O canal exclusivo dedicado a riscos em escolas vai permitir uma investigação mais rápida e eficiente das informações.

Segundo o ministério, os dados serão analisados pelas equipes do Ciberlab/ Diopi (Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência). O grupo dessa área agora conta com 50 policiais para atuar no assessoramento de investigações sobre crimes virtuais no país.

Com os crescentes casos de violência em centros de ensino o Ciberlab intensificou ações preventivas de ataque às escolas e creches em todo o país, produzindo relatórios que são encaminhados às polícias estaduais.

A meta é que, nos próximos dias, se dediquem, em regime de plantão 24 horas, ao monitoramento das ameaças contra escolas.

O formulário para denúncias já está disponível em www.mj.gov.br/escolasegura.

Todos os conteúdos enviados serão mantidos sob sigilo.

Em menos de dez dias, o Brasil enfrentou dois ataques a instituições de ensino. Cinco pessoas (quatro alunos e uma professora) morreram.

Por: Folha de S. Paulo