Prof. José Pio Martins ministra palestra no Sinepe/PR

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Prof. José Pio Martins

Aspectos Econômicos do Cenário Educacional foi o tema abordado pelo especialista

Nesta quarta-feira (15), o economista e membro da Academia Paranaense de Letras, Prof. José Pio Martins, ministrou a palestra “Aspectos Econômicos do Cenário Educacional” no auditório do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), em Curitiba. A apresentação teve como objetivo elucidar sobre os 10 marcos referenciais para entender em que ambiente econômico e social a escola está inserida.

(LD): Abertura com Prof. Sergio Herrero Moraes, Presidente do Sinepe/PR

De acordo com o especialista, os 10 marcos referenciais são: educação pública e privada; educação básica e ensino superior; educação formal e não formal; educação como mercadoria; conhecimento e hierarquia; o produto educação regulado e não regulado; poder de mercado; produto presencial e à distância; custo fixo, variável e semifixo; e lucro e imposto.

Na ocasião, o palestrante explicou que as instituições educacionais particulares enfrentam desafios diferenciados, de acordo com o grau educacional que oferecem e é necessário separá-las para entender de maneira mais profunda.

Educação Infantil e Ensino Fundamental
“Os maiores desafios das escolas de educação infantil e ensino fundamental é conseguir instalar a escola em região na qual haja população na idade de ser alfabetizada e ir até o fim do ensino fundamental”, conta o Pio Martins.

Além disso, o Prof. relata que certificar-se de que há espaço para mais uma escola naquele local, em função do número de escolas já existentes na região, também é uma adversidade. Ainda, é preciso verificar se o valor que a escola pode praticar e obter resultados positivos está de acordo com o padrão de renda local.

Ensino Médio
Já para o Ensino Médio, o especialista esclarece que o maior desafio é adotar a nova legislação, que eliminou a existência de um único Ensino Médio para todos, e impôs percursos diferentes à escolha do aluno.

“Isso faz com que o número de alunos por turma diminua, o grupo de professores seja maior e a escola se veja diante do revés de reduzir custos e/ou aumentar preços das mensalidades. Esse é um desafio nacional e explica por que a nova legislação não conseguiu se viabilizar integralmente na prática”, explica.

Instituição de Educação Superior
Nas IES, os desafios são mais complexos, de acordo com o economista. São eles: a queda do poder aquisitivo da população; a ausência de financiamento público para estudantes que necessitem; o aumento substancial do número de IES ofertantes de cursos superiores; o efeito profundo da mudança na legislação que autoriza oferecer até 40% da carga total da matriz curricular dos cursos presenciais no forma EaD (exceto Medicina), alterando completamente a estrutura de preços das mensalidades; e o desencanto dos jovens com o prestígio dos diplomas universitários em várias profissões.

Estratégias Econômicas
Para as instituições de ensino particulares estarem sempre seguras e à frente, independente do cenário político e econômico, a primeira providência que deve ser tomada pela gestão escolar é começar o ano realizando um check-up completo da escola.

“Tanto os aspectos econômicos quanto a qualidade da educação devem ser analisados, principalmente no início de um novo ano. Isso é importante para elaborar um planejamento baseado em três pontos de evolução: qualidade, rentabilidade e legalidade”, elucida.

A palestra mostrou abordou ainda de que maneira mais profunda como fazer a gestão de valores dentro das instituições para conseguir entregar um produto com excelência e a maneira que esse planejamento é estruturado com o Produto Interno Bruto (PIB).

Por: Sinepe/PR