Brasil conquista dois ouros na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências

Publicado por Sinepe/PR em

O Brasil conquistou dois ouros individuais na 19.ª Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO), maior competição mundial de ciências para estudantes de até 15 anos. O evento foi realizado entre os dias 2 e 11 de dezembro, em Bogotá, capital da Colômbia. A edição contou com a participação de 203 estudantes de 40 países, sendo seis brasileiros.

As medalhas de ouro individuais do Brasil foram trazidas pelos alunos do Colégio Etapa. Lucas Nogueira Gillioti Lóes conquistou o 6.º lugar geral, melhor colocação geral da história do país, e Murilo de Andrade Porfírio o 16.º lugar geral.

Além dos ouros individuais, os dois alunos também conquistaram medalhas de ouro adicionais por terem alcançado o 1.º lugar nas provas experimentais, realizadas em grupo, à frente de outras 79 equipes. Eles foram os únicos participantes do evento a ganhar dois ouros. O grupo de Lucas e Murilo também contou com Gustavo Jun Anraku Oda (Colégio Objetivo), que levou uma medalha de ouro adicional.

Medalhas de prata na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências
O Brasil também conquistou quatro medalhas de prata, considerando as notas totais. Na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências, os estudantes são premiados pela somatória do desempenho individual nas provas teóricas, além do desempenho na prova experimental, que é feita em grupo (no total 80 grupos realizaram os experimentos, sendo dois grupos brasileiros). Os grupos com os melhores desempenhos na prova experimental também são premiados.

“Por se tratar de uma olimpíada multidisciplinar, a IJSO exige que os alunos se dediquem em diversas matérias. É uma olimpíada que favorece o aluno que tiver formação mais completa. Além disso, os alunos brasileiros também se destacam pelo grande preparo para as provas experimentais”, destaca Victor Tsuneichi Chida, professor de Química do Colégio Etapa e líder da equipe brasileira no evento.

Imersão cultural dos estudantes
Nos intervalos das provas, o comitê organizador da 19.ª Olimpíada Internacional Júnior de Ciências ofereceu uma programação cultural aos participantes, que incluiu uma visita ao Planetário de Bogotá, considerado um dos locais de observação mais avançados da América Latina; e ao Cerro Monserrate, mirante que oferece uma das melhores vistas da capital colombiana.

Nos últimos dias da viagem, os jovens visitaram a Catedral de Sal, santuário construído entre as minas de sal de Zipaquirá e um dos principais pontos turísticos da Colômbia; e participaram de uma conferência sobre Astrobiologia realizada pela Universidad de Nariño.

Sobre a Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO)
A Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO) ocorreu pela primeira vez em 2004, na cidade de Jakarta, na Indonésia. Desde então, o torneio tem sido realizado anualmente, cada vez em um país diferente.

De acordo com o comitê organizador, a IJSO foi criada com o intuito de estimular o interesse dos jovens pelas Ciências Naturais e, consequentemente, pela carreira científica.

Podem participar do torneio estudantes com 15 anos completos até a data de aplicação das provas. No caso do Brasil, a delegação foi selecionada entre os medalhistas da Olimpíada Brasileira de Ciências (OBC).

Por se tratar de uma competição interdisciplinar, a equipe brasileira se dedicou a uma série de treinamentos ministrados pelos docentes de Biologia, Física e Química do Colégio Etapa, incluindo uma preparação especial para as provas experimentais. Desde 2014, o Colégio Etapa é o pólo olímpico de treinamentos práticos para a Olimpíada Internacional Júnior de Ciências.

Por: Escolas Exponenciais