Alunos contam desafios e benefícios de graduação a distância

Publicado por Sinepe/PR em

Horários flexíveis e gastos menores são atrativos para quem quer retornar aos estudos

Estudantes veem no ensino a distância uma oportunidade para voltar aos estudos. Os estudantes: Débora Custódio 43, Leonardo Pereira da Matta, 28, e Valéria Pereira Veloso da Cruz, 29, contam como superaram preconceitos e adaptaram a rotina ao estudo online. Leia a seguir.

‘Chegava cansada na faculdade e não conseguia absorver o conteúdo’

Débora Custódio 43, cursa ciências sociais na Anhembi Morumbi em formato EAD.

Fiz dois semestres de ciências contábeis de forma presencial e não me adaptei. Já tinha estudado nesse modelo antes, mas desta vez trabalhava, chegava na faculdade cansada e não conseguia absorver o conteúdo.

Estava fazendo ciências contábeis para agradar a família e, depois de refletir, decidi migrar para ciências sociais em abril de 2020 –mas tive de trocar de instituição para cursar no formato EAD.

Quero usar o meu tempo com qualidade e estudar no meu ritmo. Hoje tenho sempre professores online, o material didático é digital, não preciso nem investir dinheiro extra em livros. É só fazer o download e estudar, bem mais fácil e dinâmico.

Tenho tutor, que faz meu acompanhamento pedagógico, e grupo no WhatsApp da minha sala. Estou muito mais assessorada agora do que no modelo presencial.

No EAD a pessoa precisa ter a mesma disciplina e dedicação, ler o conteúdo, se esforçar para entregar as atividades. O profissional formado dessa forma não deixa nada a dever.

‘Posso estudar no meu tempo e ver as aulas quantas vezes quiser’

Leonardo Pereira da Matta 28, cursa análise de banco de dados na faculdade São Judas

Voltei a estudar no começo deste ano, quando fui aprovado no curso de análise de banco de dados, e dessa vez optei pelo formato online.

Fiquei com um pouco de receio a princípio, mas notei que a modalidade EAD está mais forte, principalmente depois da pandemia.

Os cursos estão dando uma atenção especial à proximidade do aluno com os professores. Eles perguntam ativamente se entendemos a aula, se temos dúvidas.

O modelo a distância é uma facilidade hoje. Você deixa de gastar com comida, com locomoção, consegue regular o seu horário.

Quando experimentei uma graduação presencial, não me concentrava por diferentes motivos, como estar cansado do trabalho. Foi a principal razão para mudar para o EAD: estudar no meu tempo, assistir a aula de novo para entendê-la melhor.

Também fiquei mais tranquilo sobre o diploma, porque ele não tem diferenças em relação ao do curso feito de forma presencial.

Além disso, a grade e os professores são os mesmos, mas consigo absorver melhor o conteúdo. Minha vida acadêmica mudou da água para o vinho.

‘O EAD me permite ter tempo para fazer mais uma faculdade’

Valéria Pereira Veloso da Cruz, 29, cursa direito presencialmente e vai estudar gestão de recursos humanos na modalidade EAD

Decidi começar a estudar direito no começo deste ano, para realizar um desejo antigo. Escolhi o formato presencial na Unip, e ingressei na unidade Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo.

Durante o curso, uma porcentagem das disciplinas foi realizada no formato digital — e, com isso, utilizei a mesma plataforma dos estudantes que optaram por modalidades EAD.

Nesse processo, vi que tinha todo o suporte necessário para aprender a distância. A universidade oferece um plantão de dúvidas que funciona 24 horas por dia. Se estiver estudando de madrugada e não entender algo, posso ligar e resolver a questão com um professor.

Tinha preconceito com o formato EAD pelo reconhecimento que o curso poderia ter. Me perguntava como iria para o mercado de trabalho estudando de casa, distante de um professor. Tinha receio de ser olhada diferente.

Mas, depois dessa experiência, decidi retomar no segundo semestre uma graduação de recursos humanos, agora no formato EAD. Eu havia estudado recursos humanos de maneira presencial até o começo da pandemia, mas tranquei quando se tornou online.

Hoje, o EAD me permite fazer mais uma faculdade que vai conversar com a área do direito que quero seguir, a trabalhista.

Por: Folha de S.Paulo