Conheça as principais tendências pedagógicas

Publicado por Sinepe/PR em

Além do uso da tecnologia, práticas até então impensáveis estão se tornando realidade na área de educação

Novos hábitos determinam novas demandas a serem exploradas pelas escolas. Por isso, as tendências pedagógicas do momento incluem muita tecnologia — impulsionada, sobretudo, pela pandemia, que alavancou o ensino remoto.

O blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), explica quais são as mudanças na sociedade que têm potencial para se tornarem uma prática comum no futuro próximo.

Continue a leitura e descubra o que veio para ficar e revolucionar a maneira como ensinamos e aprendemos.

Quais são as atuais tendências pedagógicas?

Formação por pequenas competências
O mercado de trabalho exigirá, cada vez mais, o conhecimento de novas competências e conhecimentos. Por isso, é importante que elas sejam inseridas no ensino (através da oferta de cursos de extensão – de pequena e média duração), a fim de garantir as melhores opções de emprego.

Personalização da aprendizagem
Trata-se de pôr em prática o entendimento de que cada aluno tem necessidades diferentes de aprendizado. Com isso, se permite que, em um mesmo período, os estudantes avancem em disciplinas individuais ou estudem temas variados, segundo o seu próprio ritmo de aprendizagem.

Diplomas unificados
Os estudantes poderão ter aulas com professores de diferentes instituições, não apenas do Brasil, como do mundo todo — o que representa um importante diferencial.

Foco em real skills
São divididas em soft skills e hard skills. A primeira se refere às habilidades sociocomportamentais, e tem a ver com as aptidões mentais do aluno e com a capacidade de lidar com fatores emocionais. Elas não envolvem cursos ou certificados, mas englobam a experiência psicossocial do aluno.

Já as hard skills são tudo o que é aprendido e ensinado, por meio de:
• cursos de idiomas;
• cursos técnicos;
• pós-graduação;
• graduação etc.

Humanização
Ainda que mediadas pela tecnologia e por processos digitais, as aulas terão melhor qualidade nas relações interpessoais — entre alunos, professores e pais. É fundamental que as escolas estejam cientes dessa realidade para manter uma educação eficaz.

Por isso, a humanização, ou aprendizagem socioemocional, é fundamental na educação dos dias de hoje, pois além de formar o aparato intelectual, estimula habilidades fundamentais para se viver em sociedade, incluindo o autocuidado. Assim, práticas pedagógicas que demonstrem expressividade, empatia, criatividade, resiliência, autogestão e sociabilidade são metodologias ativas muito promissoras.

Flexibilização curricular
Visa levar à sala de aula discussões sobre assuntos em pauta na sociedade e que fazem parte do cotidiano dos alunos. Assim, constrói-se uma abordagem e uma formação escolar diversificada, sendo possível adaptar o ensino às necessidades individuais do aluno. São exemplos de temas nesse sentido:
• direitos humanos;
• sustentabilidade;
• igualdade social;
• tecnologia.

Conscientização e inclusão
É fundamental que instituições de ensino, educadores, pais e alunos entendam que não existe mais espaço para o preconceito. Assim, os jovens devem ser conscientizados sobre a importância de se fazer de cada sala de aula e área de convivência da escola um ambiente democrático e inclusivo.

Ensino híbrido
A metodologia híbrida de ensino mescla várias práticas, individuais e/ou coletivas, usando diferentes recursos, ambientes e modalidades. No caso do ensino híbrido que vamos tratar aqui, estamos nos referindo a mesclar os ensinos presencial e remoto, um complementando o outro. O ensino híbrido aumenta o espaço de aprendizagem, pois não está restrito às salas de aula. As aulas remotas permitem o desenvolvimento da autonomia do aluno. Com isso, ele não perde o vínculo com as atividades presenciais e o contato com colegas e professores, tão importante na formação pessoal.

Nessa abordagem de ensino híbrido, são incluídas as atividades:
• virtuais assíncronas: o aluno estuda como e onde quiser, e nas horas que puder;
• interativas síncronas: presenciais ou telepresenciais com professores;
• práticas presenciais em laboratórios: para aulas práticas e pesquisas.

Aprendizagem móvel
Como o nome já prediz, trata-se do uso de dispositivos móveis como ferramentas de aprendizagem, sendo crucial a criação de cursos, simultaneamente, flexíveis e responsivos, permitindo a sua utilização em diversos formatos.

Gamificação
Trata-se do uso da dinâmica dos jogos em todas as atividades, permitindo aos alunos se engajarem na resolução de problemas de maneira colaborativa, além de estimular as atividades em equipe.

Assim, é possível atingir os desafios (em formato de áudio, vídeo e texto) propostos de forma motivadora, lúdica e divertida — propiciando uma “higiene mental”, fundamental para a memória e para o aprendizado de maior qualidade. Podemos enumerar algumas vantagens da gamificação:
• fixar conhecimento (devido aos canais multissensoriais);
• criar reflexões e pensamentos profundos;
• gerar interação e potencializar a aprendizagem;
• ativar múltiplas redes neurais;
• diminuir a sobrecarga mental;
• melhorar o comportamento;
• aumentar o engajamento;
• instigar a curiosidade.

Por: Catraca Livre