Prefeitura de Curitiba libera aulas presenciais de crianças de até 10 anos em escolas particulares

Publicado por Sinepe/PR em

A Prefeitura de Curitiba liberou o retorno das aulas presenciais curriculares de crianças até dez anos nas escolas particulares da cidade.

A medida entrou em vigor nesta terça-feira (17), de acordo com a prefeitura e com o Sindicato do Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe-PR).

A liberação vale para os alunos da educação infantil, com crianças de zero a cinco anos, e dos anos iniciais do ensino fundamental, até dez anos.

“As escolas que estiverem em condições de cumprir os protocolos de segurança, e muitas delas estão preparadas há um bom tempo, podem receber os alunos imediatamente”, afirmou o presidente do Sinepe-PR, Douglas Oliani.

Entre os protocolos estão o distanciamento social, higienização das mãos e atividades escalonadas. Os pais também devem se comprometer a avisar a escola caso a criança apresente algum sintoma de Covid-19.

Caso os responsáveis pelas crianças queiram que os alunos continuem em casa, as escolas devem continuar oferecendo todas as atividades pela internet.

As aulas em Curitiba estão suspensas desde março.

Critérios
O ofício que libera as atividades é do Comitê de Técnica e Ética Médica, e foi assinado pela secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

No documento, a prefeitura diz que libera as aulas atendendo a um pedido do Sinepe.

O ofício elenca uma série de justificativas para a decisão. Entre elas, afirma que o retorno das aulas não afetou a curva de internações em outros países e que crianças nesta faixa etária apresentam um índice de transmissão baixo da Covid-19.

De acordo com o documento, as escolas de países que enfrentam a segunda onda do coronavírus, por exemplo, não voltaram a fechar.

“As escolas estão muito melhor preparadas para voltar com as atividades do que muitos outros setores que já voltaram a funcionar”, afirmou o presidente do sindicato.

A medida não é válida para as escolas públicas municipais. De acordo com um decreto da prefeitura, as atividades na rede municipal estão suspensas até, pelo menos, 30 de novembro.

Na segunda-feira (16), em entrevista à RPC, o prefeito Rafael Greca (DEM) afirmou que as escolas “só devem reabrir após a vacina”.

A secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, afirmou, no entanto, que “é preciso balancear as coisas” e que a decisão foi técnica.

A vacina ainda é um imponderável para nós, e as sequelas para as crianças são concretas”, afirmou.

Retorno flexível
De acordo com o presidente do sindicato das escolas particulares, Douglas Oliani, o retorno ao final do ano letivo vai acontecer de forma flexível.

“Estamos no final do ano, então muitas escolas vão retomar apenas com aulas de recuperação ou atividades finais”, disse.

O que dizem os professores
O Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar), afirmou que respeita a decisão, apesar de achar que fosse mais prudente que o retorno acontecesse apenas em 2021.

“Este ano já está findando e faltando praticamente um mês para o Natal e festividades de fim de ano, ademais, daria um tempo necessário para que fosse observada a evolução da pandemia após as inúmeras exposições que ocorreram às vésperas das eleições, como reabertura de bares e praias”, informou o sindicato.

Por Portal G1