Como será a escola agora? Fomos ver isso na França, Coreia do Sul e mais três países

Publicado por Sinepe/PR em

Poucas crianças por sala, menor circulação de pessoas, higienização de mãos, materiais e ambientes. Depois de meses fechadas, escolas em diferentes lugares do mundo estão voltando a funcionar presencialmente, mas com protocolos e regras estritas, que provavelmente vieram pra ficar. Dos mais de 1,5 bilhão de alunos afetados pela suspensão das aulas presenciais por causa do novo coronavírus, pelo menos 400 milhões já estão nas escolas novamente, de acordo com a Unesco.

A entidade publicou um guia para orientar o retorno, no qual reforça necessidade de um planejamento que leve em consideração a segurança de alunos, professores e funcionários, e a necessidade de apoio psicológico, comunicação eficiente e engajamento da família nesse retorno.

No episódio desta terça (26), pais e educadores de França, Portugal, Holanda, Nova Zelândia e Coreia do Sul contam como a volta está acontecendo em cada um desses lugares, quais os maiores desafios e as principais mudanças.

Na França, por exemplo, a educação infantil foi restabelecida em todo o país e o ensino fundamental, em locais com baixo índice de contaminação pelo novo coronavírus. Por lá, a prioridade vem sendo dada para filhos de trabalhadores de setores essenciais, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e alunos que correm risco de evasão.

Uma semana após a reabertura, no entanto, 70 escolas foram fechadas por causa do contágio de funcionários pelo novo coronavírus. “Talvez não tenhamos tomado a distância necessária para pensar numa reabertura, que pode ter sido um pouco prematura. Mas, ao mesmo tempo, temos crianças que precisavam voltar a ter esse contato social. E também os filhos dos trabalhadores de saúde, que são indispensáveis na gestão dessa crise”, afirma Stephanie Bonneau-Morin, diretora de uma escola em Epone, a 50 km de Paris.

O episódio discute também o papel dos governos para tranquilizar as famílias neste retorno. Na Nova Zelândia, a comunicação clara e direta das autoridades de saúde e da escola foi fundamental, na opinião de Cris Diogo, brasileira que mora há 14 anos no país e tem dois filhos, de 10 e 6 anos, em idade escolar.

Por Folha na Sala/ Folha de S. Paulo