Revendo conceitos

Caros associados,

Vivemos tempos de apreensão, com toda a certeza. Quem de nós iria pressupor que a sociedade brasileira viveria uma estagnação quase que total graças a um vírus oriundo de além das nossas fronteiras? Quase como em um filme de ficção, nos vimos forçadamente restringidos a realizar nossas tarefas do cotidiano. Nossa vocação, ensinar, foi repentinamente tomada de nós com as determinações de quarentena por parte dos governos.

O sentimento, sem dúvida, é de luto. É dolorido realizar a manutenção diária das escolas, como limpar o pátio e regar as plantas, sem a sensação que algo lá está faltando. O barulho das crianças e jovens passando por aqueles corredores não existe, por enquanto; a sensação é de que assim será por um tempo, sem data definida para acabar.

Além de tudo isso, vivemos também a tensão econômica: pais que entram em contato reivindicando a suspensão de mensalidades, como se coubesse ao educador a decisão da quarentena forçada. A razão de acordar, todos os dias, para a maioria é de transmitir o conhecimento e acompanhar essas crianças em sua jornada, algo que não podemos esquecer mesmo em meio a essa turbulência.

Que tenhamos força e sabedoria para lidar com tudo isso. Sabemos o quão difícil é gerir uma instituição, cujo sustento principal está nas mensalidades. Há milhares de famílias que dependem desse sustento, da direção à zeladoria, e precisamos mais que nunca lutar por elas.

Tenho certeza que tudo isso será passageiro. A falta de perspectiva, em breve, dará lugar a novas esperanças, assim como a certeza que tudo poderá voltar ao normal um dia. O Sinepe/PR estende sua mão a todos os associados e pede que, neste momento, eles também se solidarizem com quem está perto. A hora é de união e empatia para superar tudo isso.

Esther Cristina Pereira
Presidente do Sinepe/PR