Fenep vai assinar convênio com a Fundação Cesgranrio para realizar Pisa para Escolas

Na próxima segunda-feira (21), a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) realizada a assinatura de convênio com a Fundação Cesgranrio para a realização do PISA for Schools, ou Pisa para Escolas. Coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o PISA para Escolas é uma variante do exame internacionalmente conhecido, “Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA”, que no Brasil é coordenado pelo INEP, porém sem o propósito de fazer ranking entre os participantes.

O objetivo do PISA para Escolas é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação. “O ranking pode ser interessante para algumas instituições e países, mas não ajuda a melhorar o processo educacional como um todo”, acredita o presidente da FENEP, Ademar Batista Pereira. De acordo com ele, a ideia do convênio é colocar a oportunidade da avaliação ao maior número de escolas possíveis. Atualmente, a Federação representa mais de 40 mil instituições de ensino privado no Brasil, com mais de 15 milhões de estudantes.

O PISA para Escolas gera informações desagregadas por instituição, assim cada gestor poderá fazer um diagnóstico específico do desempenho dos seus estudantes e, a partir daí, aperfeiçoar o seu trabalho. “Os resultados serão fornecidos em relatórios detalhados, próprios para o uso pedagógico interno. O nível de precisão sugere aos gestores de cada escola ajustes e pontos a serem aperfeiçoados”, explica Pereira. Ele diz que cada escola vai receber os resultados da avaliação, comparada com as demais instituições do Brasil e países que realizaram o exame, mas ninguém saberá quem fez o teste.

Segundo o presidente da FENEP, tecnicamente não existem diferenças entre as avaliações do MEC/INEP e do Pisa para Escolas. “Inclusive, os resultados são comparáveis, mas a escola que optar por fazer o PISA terá uma boa amostra do seu desempenho. E, para o setor, teremos uma média da escola particular brasileira e poderemos comparar com todos os países que fazem o exame, bem como com os resultados globais”, diz ele.

Avaliação
A avaliação do Pisa para Escolas é composta por provas que cobrem conhecimentos e competências básicas a serem dominadas por jovens matriculados a partir do 7.º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. “As questões, bem construídas e validadas, investigam o domínio que os estudantes tem na área de Matemática, Ciências e Linguagens. As dimensões investigadas são inteiramente adequadas tanto para adolescentes do Japão, da Europa como do Brasil – qualquer que seja o viés do Projeto Pedagógico da escola”, completa Pereira.

PISA nas Escolas no Sinepe/PR
Com o intuito de esclarecer sobre o Pisa nas Escolas, no dia 22 de outubro, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) realiza em sua sede em Curitiba, uma palestra com o psicopedagogo Pedro Flexa Ribeiro. Ele é diretor da FENEP e responsável pelo projeto na entidade. A palestra é gratuita e destinada a gestores, coordenadores, professores e demais interessados. As vagas são limitadas. Inscrição: https://bit.ly/2OSmunG e mais informações pelo telefone (41) 3078-6933.