Acadêmica da Faculdade Guairacá registra patente de simulador de contração muscular

Publicado por Sinepe/PR em

A acadêmica de Fisioterapia da Faculdade Guairacá Jéssica Vaz Vedana conseguiu o registro do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de uma patente. O produto é um simulador de contração muscular de quadríceps e foi desenvolvido por ela e por acadêmicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Patentes são concessões reconhecidas pelo Estado, que declaram direito exclusivo de uma criação ao seu inventor. De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o número de pedidos de patente por ano é de 2,5 milhões, que resultam em cerca de 1,2 milhões de patentes concedidas anualmente.

A inovação começou com uma ideia de Jéssica com a professora Hilana Rickli Fiuza, do Colegiado de Fisioterapia da Guairacá. Inicialmente, a acadêmica pensava em desenvolver uma prótese. Foi quando a professora comentou sobre a dificuldade que encontrava ao tentar explicar aos alunos como ocorria a contração muscular. Pensando nessa problemática, nasceu a ideia do simulador de contração muscular de quadríceps.

Foi um longo caminho até a patente. Jéssica juntou-se com Fernanda Virtuoso, André de Abreu e Ligia Falcão, acadêmicos de Engenharia Mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que também se sentiram incentivados a prosseguir com o projeto do simulador. O grupo se inscreveu no Hotel Tecnológico, uma pré-incubadora da UTFPR que apoia projetos empreendedores.

Ao incubar o protótipo, o simulador foi ganhando vida. O aparelho funciona com um compressor de ar, Jessica explica que é através dele que o simulador repete os movimentos do joelho. “É como se fosse uma perna mecânica. Você liga um compressor de ar e ele faz a extensão e flexão”.

O dispositivo, que futuramente pode auxiliar professores da área da saúde em sala de aula, ainda está no processo de construção. O grupo ainda pretende deixar com uma aparência mais realista, mas para isso, precisará de novos recursos financeiros. “Ela é uma perna de silicone, depois foi colocado outro material sintético, mas queremos que fique mais real e automático”, conta Jéssica.

Apesar do período de incubação no Hotel Tecnológico já ter esgotado, a equipe quer continuar com o projeto após a graduação, além de desenvolver outros simuladores educativos como este. A futura empresa já foi até batizada: AnatoLab.

A acadêmica termina a sua graduação em Fisioterapia na Guairacá este ano. O projeto já rendeu bons frutos, como participação em eventos, viagens e congressos da área. “Nós até participamos do InovAtiva Brasil, um programa criado pelo Ministério da Economia para empresas de tecnologia, chegamos a passar pela seleção regional e fomos finalistas”, completou, entusiasmada com o projeto.

Fonte: Faculdade Guairacá